O Bairro Alto (B.A), começou por ser uma expansão quinhentista (primeiro loteamento da Vila Nova de Andrade - B.A em 1513, séc. XVI) da cidade dos descobrimentos, programada com base numa malha urbana ortogonal moderna, onde se instalaram, lado a lado, populares (habitação de mercadores ligados às rotas marítimas) e aristocratas. Identificou-se como bairro típico de grande animação, a partir do século XIX. Com uma vivência genuína, tem as suas memórias ligadas à tradição literária, atraiu a imprensa, e a vida boémia, reactivou novos espaços de convívio e proporcionou uma vivência cultural, que ainda hoje permanece.

Local de grande atracção, para todos quanto gostam de se divertir, é um espaço muito animado, com vida local. A oferta é muita, é o centro da mais agitada vida nocturna lisboeta: restaurantes típicos, bares, casas de fado, livrarias, bibliotecas, teatros, alguns dos mais criativos ateliers, lojas de moda e design.

Com Miradouros, virados para as belas paisagens da cidade de Lisboa, hoje o B.A. faz parte de um dos bairros históricos e típicos (com ruas estreitas e perpendiculares, janelas enfeitadas com flores), mais acarinhados dos Lisboetas. A talha dourada, e policromada, a azulejaria, a pintura decorativa, é exemplo de uma exuberância de decoração, a juntar-lhe a criatividade e a inovação. São estas algumas das características do Barroco português. Com exemplares notáveis da arte portuguesa, da arquitectura religiosa e civil, num espírito de época que marcou os séculos XVII e XVIII.

É bem evidente a diferença de malhas correspondentes às duas fases distintas da urbanização (Vila Nova de Andrade/ B.A), bem como um perfil mais popular na parte sul e uma ambiência, mais aristocrata a norte. A Rua da Rosa e a Rua do Século, estabeleciam os limites ocidentais e articulavam ainda, algumas franjas da tradição rural. Os centros da vida urbana localizavam-se no adro de S. Roque e no sítio das Portas de Santa Catarina ao Chiado.

A Zona Norte (B.A): ligada desde muito cedo, ao sector das artes gráficas, que vem da imprensa até ao design actual. Os residentes correspondiam a estratos sociais ditos populares (trabalhadores, operários e empregados), que habitavam em casas de reduzida dimensão. Devido a um processo progressivo de substituição, gradualmente, foi perdendo lugar para lojas modernas, restaurantes, bares, comércio tradicional.

A Zona Sul (B.A): essencialmente escritórios. A composição social dos residentes era relativamente diferenciada, a população era mais burguesa e habitava em casas de maior dimensão (muitas delas com traçado pombalino).

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